Resenha: Mulher - Maravilha Sementes da Guerra - Editora Arqueiro
A Mulher-Maravilha é uma das minhas heroínas favoritas do universo DC, na verdade é a única heroína desse universo ao qual sou apaixonada haha, (tenho preferência por vilãs) e confesso que apesar de estar super empolgada em ler esse livro eu tive meus receios ao começar a leitura, receios esses que acabaram ou sendo esquecidos ou reforçados pela obra.
Mulher – Maravilha: Sementes da Guerra é um lançamento desse ano da Editora Arqueiro escrito pela famosa autora Leigh Bardugo, e é o primeiro livro da Coleção Lendas da DC, que vai contar com mais três obras escritas por outras autoras diferentes.
Cansada de ser apenas a Princesa, Diana decide entrar numa competição
pra tentar provar as irmãs que ela está para além de um simples título e que é
merecedora do respeito de todas as guerreiras de Temiscira, porém no caminho
ela vê além da barreira da ilha um navio naufragar, e decide se arriscar e
chegar perto pra ver o que aconteceu. No meio dos destroços e entre corpos ela
encontra Alia Keralis, uma adolescente que milagrosamente sobrevivi. Ao levar a
garota a ilha, Diana coloca em risco não somente sua vida, mas a vida de suas
irmãs e da própria ilha que começa a adoecer, e na busca por resolver esse e
outros dilemas e segredos Diana e Alia voltam ao mundo real, mas nem tudo será
tão fácil ou seguro.
Uma das minhas motivações ao querer
ler essa obra não foi somente por ser a história de Diana mas por ser algo
escrito por Bardugo que é uma autora que eu sempre quis ler mas não tinha
tido a oportunidade ainda, e eu realmente gostei bastante da escrita da autora,
ela tem uma ‘’quê’’ mais leve e jovial, bem do modo que eu esperava, mas achei
que ela pecou um pouco nos detalhes desnecessários, como o excesso de
descrições dos ambientes.
Diana é uma garota que em sua
fase adolescente pensa muito com o coração e tem suas ações motivadas por
emoções que muitas vezes não tem influência alguma de sua racionalidade haha, mas se mostra tão integra e leal a
sua moral e ética quanto podíamos esperar da personagem que conhecemos bem
amamos. Alia Keralis foi uma surpresa,
uma garota determinada e inteligente que se mostra bem diferente do estereotipo
de garota rica que costumamos acompanhar em obras mais jovens.
É interessante ver uma Diana mais jovem, mais adolescente tentando se provar pro mundo e pras guerreiras da ilha, acho que essa premissa é muito boa pro público mais adolescente que ainda ta conhecendo a personagem, é diferente do que normalmente se espera ao ler sobre a heróina mas pra mim a autora se perdeu um pouco na construção da Diana, essa versão jovem dela não me lembrou a totalidade e a força que estou acostumada a ver numa personagem que é símbolo da força feminina, achou que faltou mais da personalidade da personagem, da representatividade que ela traz, mas talvez seja pelo ideal de mostrar uma Diana em desenvolvimento.
Mas calma o livro não é ruim, na verdade ele é bom, meu problema com
ele é o fato da história acabar não se ligando tanto a história original dos
quadrinhos, mas eu gostei bastante de como a autora criou esse universo meio
entrelaçado e meio diferente ao que conhecemos e trouxe essa visão mais
adolescente que acaba dando uma sensação de maior amplitude da personagem – se é
que isso é possível né? Haha. E a
forma como ela e os outros personagens vão criando e mantendo as relações.
Sementes da guerra não foge à sua premissa e nem a seu público,
apresenta uma Diana diferente, arrasa na representatividade e é bem construído nas
misturas de culturas e universos de heróis, e acaba agradando até mesmo os fãs
mais chatos como eu haha.
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